quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A Dama de Negro


Quando as Luzes me deixam
Eu paro nas trevas, por mais,
Que eu não queira, por mais,
Que eu implore, tudo acaba,

Os olhos se fecham...
E eu lentamente saio do meu corpo
Para ir de encontro, com aquela,
Que sempre temi,

Ela que nunca quis me fazer mal
Mas também não quis o bem
Uma estranha força me puxa,
Olho para frente, vejo um grande clarão,

Olho para trás e ela me estende a mão
Como se fosse me agarrar
Então ela foi sumindo...
Apagando-se... desvairando-se

E eu voltando a Terra novamente
Acalenta-me o colo materno
Até que ela volte pra me buscar
E dessa vez eu não irei voltar

Pois isso eu nunca disse a ninguém
Mas essa bela donzela
Que de negro se veste par buscar os infortúnios
Levou para sempre o meu amor
E jamais retornou...

Luiz Franco Jr.

Um comentário:

Helena disse...

Não sei o que dizer, só que é tudo muito lindo!!!