sexta-feira, 3 de junho de 2011

Um Alento...

Quando a noite chega e a cidade toda enfeitada se irradia de falsa felicidade são as luzes a dançar, brincando e rodando passamos de bar em bar sem ao menos para o lado olhar, a noite é fria e o coração gelado palido sem o rubor da mocidade olhamos para o alto e sorrimos para a garoa que caindo insiste em nos molhar por um instante nos sentimos beijados mas tudo some quando olhamos finalmente para o lado e vemos na porta espelhada do hotel de quinta que não somos mais jovens nossa mocidade fora embora em meio a tanta farra e estamos sozinhos, abaixamos nossas cabeças e sequimos para nossa morada deitamos em nossas camas frias onde outrora fora cenário de muitas noites quentes e memoráveis subimos nossos cobertores cobrimos nossos ombros e no teto vemos nosso passado intenso em meio as cenas que se passam olhando um teto vazio percebemos a ineficácia de tudo que fizemos e ali inertes ao futuro preso pelo passado somos sentenciados a viver sozinhos no presente, ouvimos um soluço e uma gota cai do teto desperta o som de um novo dia agradecemos cordialmente ao sol pois percebemos que só era um pesadelo.
Somos jovens, nossos anseios ainda estão por vir mas e esse sonho ou premonição? Mudemos as diretrizes  de nossas vidas e isso jamais acontecerá pois sempre haverá um novo amanhecer.

Luiz Franco Jr

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